segunda-feira, 15 de outubro de 2007

O FRACASSO NA APRENDIZAGEM







Aconteceu na quarta – feira, 10 de outubro, a palestra “O FRACASSO NA APRENDIZAGEM”, na Cliniviva, com a coordenação da psicopedagoga e psicanalista Jaira Dutra.
Debatidas, primeiramente as condições internas e externas da aprendizagem. As condições internas que definem o sujeito, fazem referência a três planos estreitamente inter-relacionados. O primeiro plano é o corpo-organismo, como infra-estrutura neurofisiológica; o segundo plano refere-se à condição cognitiva e o terceiro está ligado à dinâmica do comportamento. As condições externas definem o campo dos estímulos, são especialmente determinantes, na medida em que nos permite compreender sua coincidência com a ideologia e os valores vigentes no grupo em que o sujeito está imerso.
Coube também, diferenciar dos problemas de aprendizagens aquelas perturbações que se produzem exclusivamente no marco da instituição escolar.
A seguir, abordamos os fatores fundamentais que precisam ser levados em consideração no diagnóstico de um problema de aprendizagem: os fatores orgânicos, os específicos e os psicógenos. Os fatores orgânicos, cuja integridade do organismo, garante a conservação dos esquemas e suas coordenações, assim como a dinâmica da sua disponibilidade. Nos fatores específicos, existem certos tipos de transtornos na área de adequação perceptivo-motora, se manifestam numa série de perturbações. Quanto aos fatores psicógenos, nos remetemos aos conceitos da psicanálise para analisar os sintomas e as inibições cognitivas.
Distinguimos, as duas possibilidades para o fato de não aprender: na primeira, este constitui um sintoma e, portanto, supõe a prévia repressão de um acontecimento que a operação de aprender de alguma maneira significa; na segunda, se trata de uma retração intelectual do eu.
Concluímos, que o objetivo do tratamento psicopedagógico clínico, é encontrar a relação particular do sujeito com o conhecimento e o significado do aprender. O tratamento dirige-se a ajudar a recuperar o prazer perdido de aprender e a autonomia do exercício da sua inteligência.

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