terça-feira, 27 de novembro de 2012

A Medicina aprova a Hipnose

 
 
Primeiro foi a acupuntura. Agora, é a vez de a hipnose ser finalmente reconhecida e adotada pela medicina. O método começa a figurar entre o arsenal de recursos oferecidos por instituições de renome no mundo todo. É usado, por exemplo, no Memorial Sloan- Kettering Cancer Center e no M. D. Anderson Cancer Center, dois dos mais importantes centros de tratamento e pesquisa da doença, para diminuir efeitos colaterais da quimioterapia, como a fadiga e a dor. Também é utilizada no Hospital de Liège, na Bélgica, como opção de analgesia. No Brasil não é diferente. Já faz parte da rotina de serviços de primeira grandeza como o Hospital A. C. Camargo, de São Paulo, especializado na luta contra o câncer, e ganhou espaço no Hospital das Clínicas de São Paulo (HC/SP), a instituição que serve de escola para os estudantes da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). As indicações também são amplas.
Só para citar algumas, além do câncer: dor crônica, transtorno do pânico, asma, tensão pré-menstrual, enxaqueca, analgesia em procedimentos dentários, alergias, problemas digestivos de fundo nervoso, fobias e insônia.
Esta entrada definitiva da hipnose pela porta da frente da medicina não ocorreu por acaso. O movimento está sustentado por uma gama de estudos comprovando sua eficácia nas mais variadas enfermidades. Um dos mais recentes foi conduzido na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, e provou que o método pode ser usado com sucesso no diagnóstico de crianças com epilepsia. Os cientistas queriam saber se as oito participantes tinham mesmo crises da doença ou manifestavam os sintomas - muito parecidos com os provocados pela enfermidade - por causa de outros fatores, como stress profundo. Eles levaram as crianças a um estado hipnótico e as fizeram imaginar que estavam tendo uma crise. Enquanto isso, elas eram monitoradas por aparelhos de exame de imagem. Em todas, as áreas ativadas durante o transe não foram as tradicionalmente associadas à epilepsia. A conclusão foi a de que as crianças de fato não tinham a doença. Agora, os cientistas querem ensinar os pequenos a evitar as crises usando a hipnose.
Outro trabalho de resultado expressivo foi apresentado no congresso do Colégio Americano de Pneumologia, realizado no final do ano passado nos Estados Unidos. Coordenado por médicos do Massachusetts General Hospital, o estudo revelou que pacientes hospitalizados com doenças cardíacas submetidos a apenas uma sessão de hipnose tinham maiores chances de vencer a luta contra o tabagismo após seis meses do que aqueles que usavam adesivos para repor a nicotina. "Constatamos que a hipnoterapia está entre as melhores opções terapêuticas contra o cigarro", afirmou Faysal Hasan, líder do trabalho. No Beth Israel Deaconess Medical Center e na Faculdade de Medicina de Harvard (EUA), pesquisadores constataram que a técnica tornou mais confortável e menos dolorosa a realização de biópsia de nódulos de mama. "A hipnose ajuda muito a diminuir o stress das mulheres que precisam passar por essa experiência", disse Elvira Lang, professora de radiologia de Harvard. No Brasil, as pesquisas sobre os possíveis benefícios também começam a proliferar. Na Faculdade de Medicina da USP, campus de Ribeirão Preto, os médicos verificaram seu efeito como terapia auxiliar contra a dor de cabeça persistente. "Os resultados foram muito promissores. A hipnose pode ser um tratamento coadjuvante nesses casos", afirma o neurologista José Geraldo Speciali, professor do departamento de neurologia da universidade.

Conclusões como essas estão motivando investigações mais profundas sobre os mecanismos pelos quais o método produz resultados. A explicação mais plausível obtida até agora é a de que a hipnose provoca modificações profundas no funcionamento do cérebro, alterações essas documentadas por exames de imagem precisos e sofisticados. Os achados derrubam por terra, de vez, a associação equivocada da técnica com algo místico, esotérico. Não é nada disso. Hoje, o conceito médico de hipnose é claro: trata-se de um estado alterado de consciência induzido por profissionais capacitados. Nesse estado, há mudanças nos padrões das ondas cerebrais e várias estruturas do órgão são ativadas com maior intensidade, em especial as relacionadas à memória e às emoções.
O objetivo é atingir um nível máximo de atenção para extrair da mente o que for preciso para ajudar no tratamento, aproveitando que as condições cerebrais obtidas deixam o paciente com maior abertura para ser sugestionado. "A pessoa desvia a atenção dos estímulos externos e a crítica diminui. Ela passa a entender e aceitar melhor as sugestões dadas pelo hipnólogo", explica o médico Osmar Colás, coordenador do grupo de estudos de hipnose do departamento de psicobiologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Um trabalho muito interessante comprovou quanto os indivíduos de fato ficam abertos à sugestão, chegando a enganar o próprio cérebro nesse processo. O neuropsicólogo Stephen Kosslyn, da Universidade de Harvard, induziu voluntários hipnotizados a enxergarem cor em um painel totalmente cinza. Nos exames de imagem, verificou que as áreas cerebrais ativadas foram exatamente as acionadas para a percepção de cores variadas. "Isso prova que o cérebro se comporta de acordo com as sugestões", afirmou o cientista à ISTOÉ.
Um exemplo prático desse processo pode ser visto nos passos tomados para o tratamento da dor. "É preciso fazer com que o paciente saia do foco da dor. Por meio da hipnose, ele deve ser levado a se concentrar em estímulos de relaxamento e sensações prazerosas, fazendo com que se esqueça o máximo possível da sensação de desconforto", explica a psiquiatra Célia Lídia Costa, do Hospital A. C. Camargo. Mas essa não é a única possibilidade. "Pode-se modificar a percepção de uma dor intensa para uma sensação de peso ou formigamento ou reduzir o tamanho da área dolorida para apenas uma parte", diz o clínico e psicoterapeuta João Figueiró, do Centro Multidisciplinar de Dor do HC/SP. De acordo com David Spiegel, pesquisador do Instituto de Neurociência da Universidade de Stanford, a alteração no entendimento do que ocorre também traz outro benefício, além de maior conforto: "O método reduz a ansiedade que normalmente acompanha os episódios de dor", afirmou o cientista à ISTOÉ. Um alerta importante: os profissionais sérios jamais tratam dores cujas causas não tenham sido identificadas.
Contra as fobias, o mecanismo de mudança do entendimento é o mesmo. "Se a pessoa tem medo de avião, peço que se visualize em um aeroporto entrando na aeronave. Ela vivenciará esse momento de forma nítida e sem medo", diz o psicólogo José Roberto Leite, da Unifesp. No caso de sua aplicação para tratar o stress pós-traumático, o objetivo é ajudar o indivíduo a modificar sua visão do evento responsável pelo trauma - um assalto, por exemplo. "Procuramos dar um novo significado ao que aconteceu, para que a sensação de medo ou ansiedade associada ao fato não apareça mais", explica o médico Luiz Carlos Motta, presidente da Sociedade Brasileira de Hipnose e Hipniatria. O treinamento constante permite que o indivíduo aprenda a se autohipnotizar nos momentos necessários para superar as situações desencadeantes dos problemas.
O momento atual da hipnose marca uma virada importante para uma ferramenta cuja história foi pontuada por altos e baixos. Um dos primeiros registros de sua utilização é na Antigüidade, pelos egípcios. No entanto, o olhar mais científico só começou no século 18, com pesquisas feitas pelo médico austríaco Franz Mesmer. No século seguinte, o inglês James Braid definiu o transe como um "estado de sono do sistema nervoso". Por isso, cunhou o termo hipnose, que vem do grego Hypnos, o deus do sono. Posteriormente, porém, Braid se arrependeu da criação ao verificar que hipnose e sono são coisas diferentes. No século XX, o austríaco Sigmund Freud, o criador da psicanálise, usou o recurso no tratamento da histeria, mas o abandonou. O resgate da técnica só veio anos depois, na Primeira Guerra Mundial, como opção de analgesia durante cirurgias realizadas nos campos de batalha.
Durante todos esses anos, entretanto, charlatões se apropriaram do método e o usaram como um rentável atrativo para shows em circos e programas de televisão. Infelizmente, para muita gente essa ainda é a idéia de hipnose. No entanto, basta conhecer um profissional sério e que usa a técnica com finalidade médica para esquecer a imagem caricata de um hipnotizador de aparência exótica, capaz de transformar seu paciente em um zumbi. Primeiro porque o pêndulo deixou de ser o instrumento preferido da maioria dos médicos. Hoje, grande parte das induções é feita por meio de relaxamento dirigido por palavras ou toque em pontos específicos da face, entre outras técnicas (usam-se ainda, é verdade, recursos como um pingente de cristal, nos casos em que o paciente responde bem a estímulos visuais). Outro equívoco é imaginar que qualquer um pode ser hipnotizado de uma hora para outra, mesmo contra sua vontade. "Pessoas muito sensíveis podem entrar no estado hipnótico sem perceber, mas é raro. Normalmente, quem não quer, resiste, e não entra em transe. Além disso, aquele que deseja sair do estado hipnótico pode demorar um pouco, mas consegue", diz o médico Colás.

Revista Isto É - Julho de 2008 - Cilene Pereira / Mônica Tarantino / Adriana Prado
Indicação do Psicólogo Dr José Carlos Tópor, integrante da equipe da Cliniviva.



Ginástica Cerebral



A Neuróbica é composta de exercícios para o cérebro que o capacitam a aprender mais rápido, fortalecer a concentração, o raciocínio, a memória e liberar a criatividade. Ao experimentarmos novos estímulos, ativamos o cérebro e o protegemos contra o envelhicimento precoce, o esquecimento e a dificuldade de aprender. Os exercícios são fáceis e agradáveis, podendo ser aplicados desde a hora em que acordamos, a caminho do trabalho até a hora de dormir. Palestra gratuita coordenada pela Psicóloga Sandra Delanni.

Data: 28 de Novembro de 2012 (Quarta-feira)
Horário: 18h30 ( Duração média de 1h30m )
Inscrições gratuitas: pelo fone (51) 3019.9630 ou via e-mail: clinivivapoa@gmail.com

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Ilusão que faz bem




A hipnose conquista espaço como recurso eficaz em consultórios e hospitais públicos.
Uma velha terapia que por longo tempo sofreu o estigma de ser mera atração em shows de ilusionistas vem conquistando espaço nos meios médicos a passos lentos, mas seguros. A hipnose sai de um pequeno círculo de profissionais e começa a ser usada por especialistas de instituições respeitadas. Neste ano, foi aprovada como prática rotineira no Grupo da Dor do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. No mês passado, a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) ofereceu
um curso teórico e prático para médicos, dentistas e psicólogos com lotação esgotada. Já no Rio de Janeiro, ela vem sendo praticada no Hospital Municipal Miguel Couto desde 1991.
A hipnose é uma ilusão imposta ao cérebro por meio de técnicas de sugestão, que provocam um estado alterado de consciência. Para os especialistas que usam o método, ela já deveria constar dos currículos de Medicina do país há longo tempo. Muito usada no passado, principalmente como anestésico, a técnica perdeu prestígio com a descoberta de analgésicos químicos no início deste século e passou a ser cada vez
menos aplicada. Hoje, a luta da pediatra e psicanalista Laís da Rocha, presidente da Sociedade de Hipnose do Rio de Janeiro, é para mostrar os benefícios da hipnose aos médicos que ainda a vêem com ceticismo. "Atualmente já se admite a ligação entre o processo hipnótico e o sistema nervoso central", argumenta Laís.
De fato, não há nada de sobrenatural nesse processo. A prova definitiva de que o cérebro responde ao transe (estado alterado de consciência) veio de estudos das universidades americanas Harvard e Stanford. Imagens feitas por tomografia de emissão de pósitrons (PET), aparelho que mapeia com precisão o funcionamento do cérebro, mostraram que pessoas hipnotizadas podem ser levadas a acreditar que uma paisagem em preto-e-branco é colorida - e vice-versa (leia abaixo). Não se sabe por que a informação que chega à parte frontal do cérebro é processada de modo diferente durante a hipnose. O senso crítico, que domina o consciente, fica amortecido e o cérebro pode ser enganado. "É possível alterar uma informação de dor, por exemplo, para uma sensação agradável", explica o obstetra Osmar Ribeiro Colás, coordenador do curso da Unifesp. É fundamental o médico conhecer bem o paciente para não correr o risco de
mascarar uma doença grave.  Para a jornalista Marisa Rodrigues, fundadora da Associação Brasileira dos Pacientes de Dor Crônica, entidade que reúne pacientes da capital paulista, a técnica é uma bênção.
"Só quem convive com a dor sabe como é importante todo o auxílio que se puder conseguir", diz Marisa, que sofre de cistite intersticial (inflamação da bexiga) e submete-se a sessões no HC de São Paulo. O neurologista Ungaretti Júnior explica que a terapia age como auxiliar no tratamento de pacientes que têm dor crônica. "Ela é importante também porque reduz o consumo de drogas", diz. A hipnose pode ser usada
para um vasto leque de problemas. A professora Denise Hinsch dos Santos procurou o ambulatório do Hospital Municipal Miguel Couto, no Rio, em 1992, para tratar-se de dislexia (dificuldade para ler e compreender palavras) e síndrome do pânico, doenças que podem ter fundo emocional. "A terapia trouxe de volta o equilíbrio e me deu paciência para resolver problemas", diz Denise.
Em tese, todos são suscetíveis à hipnose, desde que aceitem entrar em transe. Ou seja, ninguém é hipnotizado contra a vontade. Também não procede o mito, reforçado pelos hipnotizadores de salão, de que a pessoa fica à mercê do hipnotizador, diz a psiquiatra Sofia Bauer, uma das maiores autoridades em hipnoterapia do país e diretora do Instituto Milton Erickson, de Belo Horizonte. "Na hipnose ninguém faz nada contra a vontade", explica. Até os animais podem ser hipnotizados por gestos repetitivos, mas
sem nenhuma aplicação prática.
É provocando esse estado de alerta que o psicólogo Rui Fernando Cruz Sampaio procura esclarecer crimes no Instituto de Criminalística de Curitiba, no Paraná. No momento da violência, normalmente a vítima esquece fatos importantes em razão do trauma. "Já ocorreu de pessoas lembrarem-se até do número das placas do veículo, por exemplo", diz Sampaio, convencido de que a hipnose é mais uma arma a ser usada pela polícia.

O terapeuta pode sugestionar um paciente hipnotizado a acreditar que a imagem que vê em preto-e-branco é colorida. Quando isso ocorre, a parte visual responsável pela visão colorida, na região posterior do cérebro, é ativada. Imagens do tomógrafo mostraram que esse engano não ocorreu nos pacientes em
estado normal.
A Teoria vem do século 18. Descoberta de drogas ofuscou a eficácia da hipnose no tratamento de doenças
Franz Anton Mesmeré, considerado o pai da hipnose. Nascido em Viena, em 1734, ele acreditava ser preciso estimular a crise convulsiva para curar.
Sigmund Freud interessou-se pela hipnose e trabalhou ao lado de Josef Breuer em 1890. Mas depois
concentrou-se no estudo da psicanálise.
Na Primeira Guerra Mundial soldados em choque ou recuperação de ferimentos leves eram tratados por hipnose para retornar logo ao front.

 Alberto Ludwig e correspondentes (Revista Época / 2008 )

Indicação do Psicólogo da Cliniviva,  Dr José Carlos Tópor.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Pense como magra e emagreça


Pela quinta vez no ano você começou uma dieta e, pela quinta vez, fracassou no primeiro bolo de chocolate. Pode parar! Antes de tudo, você precisa mudar seu comportamento em relação à comida - ela não pode ser mais forte que seu desejo de entrar num jeans sequinho. A top model australiana Elle Macpherson recorreu à hipnose para controlar o impulso de comer doce e manter as medidas enxutas exigidas pela profissão, A mesma técnica permitiu que a americana Ellen DeGeneres, apresentadora do programa The Ellen DeGeneres Show, no canal Warner Bros, se livrasse de alguns quilinhos. Elas seguiram as orientações do nutrólogo e hipnotista Paul McKenna descritas no livro Eu Posso Fazer Você Emagrecer, que vendeu mais de 3 milhões de exemplares nos Estados Unidos e na Europa. A versão em português (24,90 reais), lançada este mês pela editora Sextante, também promete fazer barulho.

Reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina, a hipnose é usada atualmente por vários profissionais - de psicoterapeuta a dentista - com o objetivo de induzir o paciente a um relaxamento profundo e, com isso, permitir que o cérebro assuma o controle das emoções, reprogramando sensações exageradas de medo e dor, por exemplo. O mesmo pode ser feito com o impulso de você comer em excesso sempre que está triste ou ansiosa.

Mofidicar a maneira de pensar é estratégico não só para emagrecer mas também para você se manter magra depois. "Para que as transformações físicas e fisiológicas aconteçam de maneira definitiva, primeiro a paciente precisa mudar a mente", afirma Osmar Ribeiro Colás, médico coordenador do Grupo de Estudos de Hipnose da Universidade Federal de São Paulo. Mas esqueça os tradicionais pêndulos para deixá-la sonolenta. O livro de McKenna, por exemplo, vem acompanhado de um CD com o passo a passo para a auto-hipnose - ou seja, você mesma coloca a técnica em prática.

Deitada ou sentada confortavelmente em um ambiente tranquilo, feche os olhos e, aos poucos, diminua o ritmo da respiração. Uma música suave, que desperte lembranças agradáveis, também facilita o relaxamento profundamente. Nesse estágio, procure controlar os sintomas e as emoções que a incomodam, transformando-as em sensações agradáveis. Imagine-se mais magra, bonita e sexy. Você não percebe, mas seu inconsciente recebe sinais para fazer as pazes com a comida, deixando-a mais próxima do peso ideal. Outro exercício é mudar a percepção que tem dos pratos calóricos e que a fazem engordar. "O objetivo é modificar a sensação de prazer atribuída à comida", explica Colás. É provável que, depois disso, em vez de salivar, você sinta enjoo diante de uma torta de limão.

Não é na primeira vez que tudo isso acontece. Por isso, reserve de cinco a dez minutos por dia para colocar a auto-hipnose em prática e persista por algumas semanas. Segundo McKenna, quanto mais vezes repetir as sessões, mais cedo muda a maneira de ver a si mesma, estabelecendo uma nova relação com a comida - sem notar, você passa a comer menos e emagrece.

Quem testou afinou!

Para não voltar a engordar os 6 quilos que perdeu com sacrifício, a psicóloga Fabiana Romanini, 37 anos, de Peruíbe (SP), fez a primeira sessão de hipnose com um profissional. "Assim que fechei os olhos, fui orientada a visualizar uma escada e relaxar a medida que fosse descendo os degraus. E, quando fosse despertada, deveria trazer comigo todas as sensações boas vividas nessa experiência", lembra Fabiana. Na segunda sessão, ela deveria imaginar uma sensação intensa de enjoo com doces e prazer em comer fruta. Depois disso, a psicóloga emagreceu mais 5 quilos, chegando a sua meta de pesar 57 quilos. Para manter esse resultado, partiu para a auto-hipnose. "Hoje, comer fruta virou um hábito e doce, uma exceção", comemora Fabiana. A dentista Silvia Borges Almeida, 29 anos, de Pelotas (RS), também teve sucesso com a hipnose. Depois de várias tentativas frustradas de emagrecer e engordar, recorreu à técnica para colocar um balão gástrico imaginário. "Continuo comendo de tudo, mas na dose necessária. Se passo do limite, sinto uma espécie de desconforto na boca do estômago", relata Silvia. "Durante a introdução do balão imaginário, a paciente visualiza e acredita que está fazendo a cirurgia", conta Benomy Silberfarb, hipnoterapeuta de Porto Alegre. Silvia emagreceu 11 quilos e continua fazendo hipnose no consultório e sozinha em casa. "A gente fica consciente o tempo todo. É um processo de relaxamento completo e profundo, como se fosse uma meditação."
Fonte: Revista Boa Forma - Outubro ( Por Louise Vernier e Rita Trevisan